Controle de combustível: como começar a economizar agora mesmo

controle de combustível

Se o título deste artigo despertou a sua atenção, eu imagino que você seja um gestor de frotas. Ou, quem sabe, um proprietário de uma empresa que realiza o transporte de cargas ou pessoas. O que me leva a supor que controle de combustível e outros custos operacionais como manutenção e logística sejam assuntos críticos para você.

Acho que tenho ótimas informações para te oferecer. Mas, primeiro, deixa eu me apresentar. Meu nome é Alexandre Amaral, e sou especialista em condução econômica. Vou te dar hoje algumas dicas para começar a gastar menos com o combustível da sua frota.

Neste artigo, vou abordar algumas questões técnicas relativas a como os seus caminhões se comportam na estrada. Se souber se adaptar a esse novo conhecimento, pode ter certeza de que você vai economizar entre 14 e 20% com diesel. Leia até o fim:

Custo operacional e controle de combustível

Antes de qualquer coisa, é preciso explicar (ou relembrar) o básico: custo operacional é tudo aquilo que você paga para manter a atividade principal da sua empresa a todo vapor.

Logo, os seus caminhões, o combustível, o salário e os encargos trabalhistas dos seus motoristas são alguns exemplos. Quase todo gestor de frotas há de concordar que o principal vilão da economia é o combustível.

Se já era assim há 4 ou 5 anos, imagine agora, com repasses constantes no preço do diesel e pouca previsibilidade de consumo.

Aerodinâmica, inércia e gravidade são os primeiros 3 aspectos em que você deve focar para reduzir o seu custo operacional. A seguir, vamos examinar cada um deles separadamente, por enquanto apenas do ponto de vista da economia de combustível.

Aerodinâmica: diminua a resistência do ar

Aerodinâmica e consumo de combustível se relacionam na medida em que a resistência do ar age sobre o seu caminhão.

Quando em movimento, ele recebe pressão do vento em sentido contrário e, quanto maior essa pressão, mais o motor será exigido e mais combustível será gasto. Como vou te mostrar, essa não é, entretanto, uma matemática simples.

Utilizando complexos cálculos, chegou-se à conclusão de que o consumo de diesel cresce junto à velocidade até chegar a 86 Km/h. A partir daí, o consumo cresce ao quadrado da velocidade.

Em termos práticos, isso quer dizer que, se o seu motorista rodar abaixo dessa faixa de velocidade, seus gastos com diesel vão ser incrivelmente menores. Para ser mais exato, entre 86 e 96 Km/h, o motor de um caminhão chega a fazer uma força 10 vezes maior.

Imagine o gasto de combustível numa situação dessas.

Isso vai de encontro ao senso comum e às suas pretensões de realizar entregas cada vez mais rápidas. Logo, o primeiro ponto a ter em mente quanto à aerodinâmica é que velocidade não casa com economia.

Se conseguir transmitir isso aos seus motoristas e gestores de frota, os gastos vão começar a diminuir bastante.

Além disso, invista em outras medidas:

  • Defletores de ar superiores, laterais e traseiros.
  • Calotas para as rodas dianteiras e traseiras.
  • Recomende que seus motoristas rodem sempre com os vidros fechados.

Segundo Luiz A. Pigozzo, em seu livro Consumo de Combustível: uma questão de atitude, isso pode gerar uma economia de até 8% nos seus custos com combustível.

Ah, e não se esqueça de regular esses defletores toda vez que a troca do conjunto cavalo/carreta acontecer. Caminhão desregulado também bebe muito.

Inércia: rode a uma velocidade constante

A inércia, segundo a Física, é a “resistência que a matéria oferece à aceleração”.

Transposta para o dia a dia dos transportes, essa teoria incide sobre a velocidade de um caminhão (seja ela para mais ou para menos). Aceleração e frenagem geram esforço e desgaste do motor e gasto com combustível.

Ou seja, a direção mais econômica é aquela que consegue manter a mesma velocidade — logo, a mesma marcha engatada — pelo maior tempo possível.

Nem é preciso dizer que isso economiza pneus e câmbio além do controle de combustível, não é mesmo?

Para visualizar isso mais facilmente, pense nos momentos em que um caminhão atinge o fim de uma descida e consegue continuar por um enorme trecho plano (ou mesmo por uma subida) sem que seja necessário acelerar ou aumentar o giro do motor.

Gravidade: fundamental para o controle de combustível

Utilizando o mesmo exemplo, fica fácil imaginar que, quanto maior o peso transportado e o do próprio caminhão, maior o gasto com combustível.

Ou seja, um cálculo simples que envolva levar o maior peso possível para diminuir o número de viagens pode não ser o mais econômico.

Depois de alguns milhares de quilômetros rodados, o desgaste dos pneus e freios, consumo de diesel acima da média e outros problemas em peças do veículo vão te lembrar do que quer dizer a expressão “barato que sai caro”.

Usar corretamente as calotas dianteiras e traseiras contribui não apenas para melhorar a aerodinâmica do veículo, mas também para suavizar a ação da gravidade sobre ele. Considere também instalar saias laterais no cavalo mecânico.

Compreendendo, respeitando e se adequando à ação desses 3 fatores (aerodinâmica, inércia e gravidade) sobre os seus caminhões, você dá o primeiro passo para uma enorme economia.

Lembre-se de que o controle de combustível é uma questão de conhecimento, atitude e mudança de hábitos da sua parte, dos seus gestores e dos seus motoristas.

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