Com a alta no preço do combustível, é muito comum que gerentes de frota de empresas de transportes fiquem preocupados. Mas por que será que o valor da gasolina, do etanol e do diesel subiu tanto nos últimos anos? Quais são os fatores que interferem nesse preço?
Diante de tantos questionamentos, percebi que é preciso esclarecer algumas informações. Elas são imprescindíveis aos empresários e administradores, principalmente para aqueles que trabalham com veículos.
Então, se você quer saber quais são os impostos, taxas e serviços que são cobrados no valor do combustível, não deixe de ler o conteúdo a seguir!
O que interfere no preço do combustível?
Os combustíveis mais utilizados no Brasil, atualmente, são a gasolina, o etanol e o diesel. E cada um deles será ofertado ao mercado em preços variáveis por litro. Confira, logo abaixo, o que interfere no preço de cada um deles:
Preço da gasolina
Para a gasolina, existem vários fatores que influenciam no preço final cobrado do consumidor brasileiro. O principal deles é o valor repassado à Petrobrás, que é a refinaria de petróleo. Essa parcela representa cerca de 32% do preço do combustível.
Quanto à carga tributária, é cobrado o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços), que é um tributo estatal. Ele representa grande parcela na arrecadação dos estados e chega a 29% do preço em algumas regiões do país.
Além dele, são cobrados outros impostos de ordem federal, que são o Cide, o Pis/Pasep e o Cofins, que totalizam 16% no valor. E esse percentual é o mesmo em todos os estados da federação.
Outra cobrança que incide sobre o preço da gasolina é o valor pago às empresas responsáveis por tirá-la da refinaria e levá-la até as bombas de combustíveis. Esse percentual, que é de 12%, é utilizado para pagamento dos custos de transportes e de pessoal, dentre outros. Nele, também está incluída uma margem de lucro para as distribuidoras e donos de postos.
Por fim, há também o percentual de 11% destinado às usinas produtoras de etanol. É que a gasolina vendida hoje, no Brasil, é do tipo C, ou seja, é o resultado da mistura de gasolina A com etanol anidro.
Preço do etanol
Diferentemente da gasolina, sobre o preço do etanol incide somente o ICMS e o Pis/Cofins. Com um percentual do imposto estadual é bastante variável, podendo chegar a até 27% em Alagoas, Espírito Santo e Sergipe. Em relação ao imposto federal, o percentual é de 12%.
O restante do preço é destinando às usinas produtoras de etanol, às distribuidoras e transportadores e, enfim, aos postos de combustível.
Preço do diesel
No caso do diesel, a Petrobrás cobra um percentual ainda mais alto do que a gasolina ao consumidor. Cerca de 55% do valor final é direcionado à estatal.
O ICMS também está presente no preço do diesel cobrado nos postos de combustível chega a 16% em alguns estados. Já em relação aos impostos federais, que são os mesmos incidentes na gasolina, o percentual é de 13%.
Para a distribuição e a revenda, são destinados 9% do valor total pago pelos consumidores, para pagamento das empresas responsáveis por esse serviço.
Finalmente, o diesel disponibilizado aos consumidores brasileiros também conta com um teor de 10% biodiesel. Essa adição corresponde a 7% do preço do combustível.
Por que estamos pagando valores tão altos para abastecer?
Considerando todos os elementos que compõem o valor final dos combustíveis, é possível perceber que eles são pouco variáveis. Os impostos, por exemplo, não costumam sofrer muita alteração ao longo dos anos.
Os valores dos serviços, tanto da Petrobrás, quanto das transportadoras e distribuidoras, até podem apresentar maiores variações, mas acompanharão a inflação.
Mas, então, por que o preço do combustível varia tanto? É que, além de todos os valores que mencionamos acima, o combustível varia de acordo com o preço do barril de petróleo no mercado internacional.
E, como ele é vendido em dólares, as oscilações também estão diretamente relacionadas à alta da moeda. Com o dólar chegando a quase R$ 4,00 nos últimos dias, o valor pelo qual o barril é adquirido também ficou mais elevado.
Diante disso, como é possível economizar?
Tendo em vista que a alta no preço do combustível é uma realidade no Brasil, é difícil falar em economia. No entanto, existem algumas práticas que a empresa de transportes pode adotar para reverter esse quadro e driblar os custos elevados com gasolina e diesel.
A principal delas, que eu já falei bastante por aqui, é a utilização da telemetria. A partir dessa tecnologia, o gestor conseguirá monitorar tudo o que acontece em sua frota.
Assim, poderá verificar o que contribui para esses gastos, desde a forma como o motorista conduz, até o estado do veículo. Dessa forma, compreenderá quais são os pontos que deverá trabalhar com a sua equipe de condutores e, ainda, com que frequência os carros necessitarão de manutenção.
Da leitura deste artigo, você compreendeu todos os fatores que influenciam no preço do combustível. Esse tipo de conhecimento é fundamental para saber o que pode gerar economia para a sua empresa e o que é inevitável.
Por falar nisso, que tal realizar um controle de combustível eficiente? Baixe agora a nossa planilha e comece a aplicá-la na sua empresa!
