Gestão de frotas: o que é direção econômica e como aplicá-la

gestão de fortas

Segundo dados recentes do jornal Estado de São Paulo, 32% das empresas brasileiras esperam um aumento da sua frota de veículos até 2019. E quanto mais veículos, maior a necessidade de uma gestão de frotas eficiente.

Por meio dela, é possível verificar todos os pontos altos e baixos da logística da empresa depois que os carros, ônibus ou caminhões deixam as garagens. É possível, ainda, constatar quais pontos geram lucros e também os que geram despesas, tomando decisões com base em dados que relacionam custos e benefícios.

Além disso, um dos anseios de qualquer empresa de transporte é a economia de combustível, que pode ser conquistada com uma gestão de frotas eficiente. É que, a partir dela, os condutores podem ser orientados a adotar uma direção mais econômica.

Diante dessa importância, vamos explicar detalhadamente, neste artigo, o que é e como deve ser realizada a gestão de frotas na sua companhia. Também vamos explicar, com algumas dicas simples, como reduzir custos com combustível pela direção econômica. Não deixe de conferir!

O que é gestão de frotas

A gestão de frotas consiste no gerenciamento de todos os veículos da empresa de forma satisfatória, com o agendamento das manutenções necessárias e o acompanhamento das rotas e dos motoristas. Tudo de forma a gerar maior produtividade, com todos os dados e os recursos disponíveis.

Diante disso, ela tem como propósito promover a redução dos custos, bem como atuar para aumentar a produtividade. Mas como o gestor conseguirá verificar todos esses dados para gerir os veículos?

Uso de tecnologia e indicadores…

Existe uma série de tecnologias que o auxiliam nessa tarefa. Uma delas é a telemetria, de que já falei bastante aqui no blog. Com ela, é possível acompanhar o percurso dos veículos, o funcionamento de cada motor, o consumo de combustível, a condução do motorista, dentre outros dados importantes para essa gestão.

Os indicadores de gestão de frotas também são uma ferramenta muito usada pelas empresas de transporte. Por meio deles, será possível verificar várias informações relevantes para o gestor. Algumas delas são a quantidade de combustível gasto por condutor e por veículo, o número de infrações de trânsito cometidas, os veículos que necessitam de mais manutenções por período, etc.

… para tomar decisões que geram resultados

De posse dessas informações, o gestor poderá modificar ou adaptar as suas estratégias, de acordo com as metas da empresa. Ele poderá decidir, por exemplo, se a frota da empresa precisa ser ampliada ou reduzida, se existem veículos que devem ser substituídos, quando realizar as manutenções necessárias, dentre outras decisões.

É por esses motivos que a gestão de frotas é tão fundamental nesse setor. A partir dela, o administrador ou o gestor poderá direcionar o trabalho realizado no sentido de melhorar os rendimentos da companhia.

Uma das diretrizes a serem orientadas pela gestão de frotas é a direção econômica. Essa prática é muito positiva e gera uma grande redução de gastos à empresa de transportes. Pensando nisso, aprenda, logo abaixo, o que ela é e como aplicá-la na sua frota.

O que é direção econômica

A direção econômica é o ato de conduzir um veículo de forma mais eficiente, com menor consumo de combustível possível, conforme o trajeto percorrido. Isso significa que o condutor deverá adotar um conjunto de práticas de condução a fim de tirar melhor proveito do motor.

Para tanto, ele deverá compreender alguns conceitos básicos de mecânica automobilística, em especial o torque e a potência do motor. Nesse sentido, poderá entender qual é o ponto de equilíbrio para gerar maior economia.

Ao ingressar em uma empresa de transportes, os motoristas contratados terão formas muito distintas de dirigir. Alguns serão mais cautelosos na direção, enquanto outros prezarão pela velocidade e pela agilidade.

É por isso que é importante homogeneizar essa condução e estimular a economia de combustível. Porque, independentemente da maneira pela qual o motorista dirige, ele precisa ter consciência de como fazer isso com maior eficiência.

A partir do momento em que conhece as diretrizes da direção econômica, o colaborador contribuirá com a redução dos gastos da empresa de transportes. Em consequência, também favorecerá o cumprimento de suas principais metas.

Como aplicar a direção econômica na gestão de frotas

Para começar a praticar a direção econômica , de acordo com Luiz A. Pigozzo, em seu livro “Consumo de Combustível – Uma Questão de Atitude”, o colaborador deverá conhecer a fundo o funcionamento do veículo que está conduzindo. E é papel do gestor de frotas promover essa conscientização entre os seus motoristas.

Em palestras, treinamentos, workshops e cursos de reciclagem oferecidos pela empresa, os condutores aprenderão sobre o funcionamento do motor do veículo e sobre as possibilidades de economia. Também deixarão de lado velhos hábitos de direção. Apesar de estarem enraizados em sua cultura, não contribuem em nada com a economia de combustível.

Assim, os condutores aprenderão o que é preciso adaptar ou alterar na sua forma de conduzir para uma direção econômica. Além disso, também terão mais conhecimento sobre o funcionamento do veículo. E ainda saberão operá-lo com maior autonomia e consciência.

7 dicas de como economizar com a direção econômica

Para gerar economia de combustível com a direção econômica, os motoristas devem ser orientados a assumir uma série de práticas de condução. Esse conjunto de atitudes faz total diferença na rotina de uma empresa de transportes, além de trazer economia.

Então veja, a seguir, quais são elas e comece a colocá-las em prática na sua frota agora mesmo:

1. Olho no conta-giros

O conta-giros é a mais eficiente ferramenta de trabalho do motorista. Assim, é fundamental que o condutor mantenha atenção permanente na rotação do veículo.
Todos os carros têm em seu conta-giros uma faixa de torque que, se atingida no momento da aceleração, faz com que o consumo de combustível seja o menor possível. Essa faixa é sinalizada no painel pela cor verde.

2. Aproveite a inércia do veículo

Evite utilizar o acelerador em descidas. Em declives ou em situações de “embalo”, utilize o peso do veículo para fazer o deslocamento.
Se fizer isso, o seu consumo de combustível será zero. Em outras palavras, quanto mais tempo mantiver o veículo em movimento sem fazer uso do pedal acelerador, melhor será a média de economia de combustível ao final da rota.

3. Não acelere o veículo parado

Quando o veículo demanda aceleração quando está parado — para fazer o ar no balão de operação e liberar os pedais — é sinal de que está com vazamento de ar e precisa passar por uma manutenção.
Quanto mais adiar a realização dessa manutenção, mais combustível será consumido, em média. Em alguns casos, em médio prazo, o valor pode aumentar 5 vezes, com relação ao que seria com o balão de ar funcionando corretamente.

4. Não mantenha o veículo ligado parado

A cada hora que um veículo permanece ligado parado, consome aproximadamente 5 litros de combustível.
Estatisticamente, esses valores assustam: imagine uma frota de 60 veículos. Ela podem queimar esses mesmos 5 litros em apenas um minuto de cada veículo, se somados.
Desligue o motor sempre que não estiver em operação e elimine os vícios de ligar o veículo, descer e fazer outras coisas antes de partir. Essas operações equivocadas aumentam muito o consumo sem que o condutor perceba.

5. Evite o ponto morto

Uma atitude muito comum entre os motoristas mais experientes é deixar o carro em “ponto morto” nas descidas. Essa prática, conhecida popularmente como “banguela”, traz ao condutor a falsa impressão de que está economizando combustível.
No entanto, o efeito pode ser o contrário nos veículos de injeção eletrônica. Neles, ela pode elevar de forma considerável o consumo e também sobrecarregar o sistema de freios.

6. Evite a batida de transmissão

Alguns motoristas acreditam que o consumo está diretamente ligado à aceleração, mas se enganam. Ele está, isso sim, relacionado diretamente à rotação.
Quando um veículo se desloca sem o torque adequado — ou seja, deveria estar na terceira marcha, mas está na quinta, por exemplo — ocorre a trepidação durante a aceleração, que pode ser mais forte em alguns casos.
Essa trepidação vai gerar um aumento considerável no consumo do combustível, uma vez que estará fora do torque adequado. Além disso, ocorre ali um desgaste significativo do conjunto que compõe o sistema cardã do veículo.

7 – Fique atento à calibragem dos pneus

Se um pneu não estiver calibrado, o gasto de energia mecânica do motor será maior que o normal, o que também acarreta em maior consumo de combustível.

Nesse sentido, se o carro estiver com uma calibragem 20% menor que a estipulada, ele acabará gastando entre 2% e 4% a mais de combustível que o normal.

Da leitura deste artigo, você aprendeu o que é gestão de frotas e como ela pode fazer a diferença em sua empresa de transportes.

Também conheceu a definição de direção econômica e como aplicá-la em sua frota. Mas, antes de colocar todas essas ideias em prática, é preciso verificar o seu gasto com combustível.

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